Entrada do Instituto Bíblico Peniel

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14 de março de 2013


As certezas das consolações de Deus
2 Coríntios 1:3-11
Introdução
1.O problema do sofrimento tem incentivado filósofos, psicólogos e teólogos a produzirem livros sem fim com o desejo sincero de ajudar pessoas, questionar ou simplesmente desabafar sobre um tema tão misterioso.
2.O sofrimento existe e não importa quantas explicações tentemos fornecer. Mas junto com os sofrimentos, o crente pode descansar na certeza do consolo de Deus, porque Ele é o Deus das consolações.
Proposição: O apóstolo Paulo conheceu o Deus das consolações e as suas certezas
Oração transitória: As certezas das consolações de Deus
I.O Deus de todo o consolo – v.3
1.O motivo é de louvor pela compaixão e conforto de Deus Pai e do Filho.
2.Muitas vezes o nosso Pai teve misericórdia de nós. Qual o crente arrependido que nunca se ajoelhou diante de Deus, chorando por ter mais uma vez desagrado a Ele?
3.Ele sempre chorou conosco, levantou-nos e fez-nos prosseguir, dando mais uma chance para acertarmos nossa vida.
4.É o mesmo Deus de misericórdias que escrevia na areia enquanto os faltos de misericórdia esperavam o apedrejamento. É o mesmo que nos diz “nem eu tampouco te condeno”.
5.Ele também é o nosso Deus de toda a consolação. Os nossos sofrimentos mais secretos são conhecidos Dele e no momento certo Ele nos consolará para não desanimarmos.
6.Mas para haver consolo é necessário passar por sofrimentos. Se não passássemos por sofrimentos não sentiríamos a mão carinhosa de nosso Deus. Ele é o Deus das consolações.
II.O consolo é mútuo entre os que sofrem – v.4-5
1.O crente passa por sofrimentos e é consolado para consolar outros que passarem por sofrimentos também – v.4
2.Nenhum crente pode dizer que ficou sem o consolo de Deus em seu sofrimento.
3.Do momento em que um pai pega seu filho que está chorando, no colo, até o momento que o coloca no chão, quando já estiver sorrindo, pode demorar algum tempo, mas em todo aquele tempo a criança estava recebendo o consolo do pai.
4.Pode ser que em nosso sofrimento ainda não tenhamos sentido o consolo completo, mas isto não significa que ainda estamos no chão. Estamos nos braços do Pai Celestial e ele não nos largará até ver-nos completamente sarados.
5.Na vida e, principalmente na vida cristã não vivemos independentes uns dos outros. Por isso, se sofremos não sofremos para nós mesmos, mas para receber consolo e consolar outros.
6.Quando não compartilhamos dos nossos sofrimentos não nos integramos e não podemos ajudar-nos mutuamente.
7.Os sofrimentos de Cristo, bem como o consolo Dele são comunicáveis aos crentes – v.5
8.Cristo sofreu e foi perseguido. Nós não somos maiores do que ele, somos seus servos e, por isso, também sofreremos e seremos perseguidos. Isto faz parte da comunhão dos sofrimentos de Cristo.
9.Mas Cristo também foi consolado e nós somos consolados pelo Pai por meio de Cristo.
III.O valor das angústias – v.6-7
1.Através das angústias de Paulo, os coríntios receberam conforto e salvação. O consolo que Paulo recebeu produziu perseverança nos coríntios – v.6
2.Na segunda Viagem Missionária, Paulo passou por algumas situações angustiantes.
- Em Filipos um espírito mal o seguia e o perturbava enquanto ele pregava
- Em Filipos ainda foi preso e açoitado, juntamente com Silas
- Depois em Tessalônica teve que se refugiar na casa Jasom
- Em Beréia teve que fugir por causa das multidões
- Em Atenas foi zombado porque falava da ressurreição
3.Quando chegou em Corinto estava em temor e tremor, mas assim, nesse estado levou até eles a salvação e o consolo.
4.Quase sempre as grandes coisas que fazemos na obra de Deus são debaixo de alguma situação angustiante. As pessoas que mais conseguem confortar os sofredores são as que estão passando por algum sofrimento.
5.A esperança nos coríntios é fortalecida pelos sofrimentos e consolações de Paulo – v.7
6.Quando sofremos juntos somos consolados juntos. Quando não sofremos com os outros não recebemos consolo.
7.O crente piedoso está sempre em sofrimento porque enquanto algum irmão estiver sofrendo em algum lugar, tal sofrimento também faz parte das aflições do crente fiel.
8.Se algum crente diz que faz tempo que não sofre é porque não está olhando para os outros.
IV.As durezas também são uma certeza – v.8-11
1.Grande pressão e desespero da própria vida – v.8
2.Na Ásia Paulo foi perseguido, zombado, apedrejado, preso, caluniado, abandonado e toda a angústia que se possa imaginar.
3.A estrutura de Paulo não suportou tanto sofrimento e ele até pensou que fosse o seu fim. Ele faz questão que os coríntios saibam disso.
4.A nossa natureza é tão mesquinha e egoísta que basta começarmos uma conversa sobre o sofrimento de alguém e logo queremos mudar de assunto com medo de não sermos atingidos por “pensamentos negativos”.
5.O crente que ignora o sofrimento alheio será ignorado quando precisar de consolo, exceto se Deus usar de misericórdia.
2.Paulo pensou que fosse morrer. Deus queria que ele confiasse somente no Senhor – v.9-10
3.Enquanto um crente sofre, outros oram e Deus é louvado – v.11
4.Ao orar por alguém que está sofrendo ou que pode estar sofrendo, o crente consegue atingir dois objetivos:
1)O alívio para o sofredor
2)Contribuição para que o nome do Senhor seja glorificado entre outros irmãos por causa do testemunho que o crente sofredor, mas consolado dará aos outros.
Conclusão
1.Não vivemos para nós mesmos. Estamos ligados de muitas formas. Não há sofrimento que atinja alguém que o próximo não seja de alguma forma atingido também.
2.O Deus das consolações nos deu certezas quanto ao sofrimento. A maior delas é que temos o consolo Dele e juntamente com esta certeza é que estamos sendo preparados para a Sua glória e que devemos consolar os sofredores como nós. Se este sofredor for crente, consolamos para a sua edificação; se o sofredor não é um filho de Deus, o nosso consolo é mostrar-lhe Jesus Cristo, o Salvador para que se torne o Deus das consolações para ele também.

Pércio Coutinho Pereira, fevereiro de 2001

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