As certezas das consolações
de Deus
2 Coríntios 1:3-11
Introdução
1.O problema
do sofrimento tem incentivado filósofos, psicólogos e teólogos a produzirem
livros sem fim com o desejo sincero de ajudar pessoas, questionar ou
simplesmente desabafar sobre um tema tão misterioso.
2.O
sofrimento existe e não importa quantas explicações tentemos fornecer. Mas
junto com os sofrimentos, o crente pode descansar na certeza do consolo de
Deus, porque Ele é o Deus das consolações.
Proposição:
O apóstolo Paulo conheceu o Deus das consolações e as suas certezas
Oração
transitória: As certezas das consolações de Deus
I.O Deus de
todo o consolo – v.3
1.O motivo é
de louvor pela compaixão e conforto de Deus Pai e do Filho.
2.Muitas
vezes o nosso Pai teve misericórdia de nós. Qual o crente arrependido que nunca
se ajoelhou diante de Deus, chorando por ter mais uma vez desagrado a Ele?
3.Ele sempre
chorou conosco, levantou-nos e fez-nos prosseguir, dando mais uma chance para
acertarmos nossa vida.
4.É o mesmo
Deus de misericórdias que escrevia na areia enquanto os faltos de misericórdia
esperavam o apedrejamento. É o mesmo que nos diz “nem eu tampouco te condeno”.
5.Ele também
é o nosso Deus de toda a consolação. Os nossos sofrimentos mais secretos são
conhecidos Dele e no momento certo Ele nos consolará para não desanimarmos.
6.Mas para
haver consolo é necessário passar por sofrimentos. Se não passássemos por
sofrimentos não sentiríamos a mão carinhosa de nosso Deus. Ele é o Deus das
consolações.
II.O consolo
é mútuo entre os que sofrem – v.4-5
1.O crente
passa por sofrimentos e é consolado para consolar outros que passarem por
sofrimentos também – v.4
2.Nenhum
crente pode dizer que ficou sem o consolo de Deus em seu sofrimento.
3.Do momento
em que um pai pega seu filho que está chorando, no colo, até o momento que o
coloca no chão, quando já estiver sorrindo, pode demorar algum tempo, mas em
todo aquele tempo a criança estava recebendo o consolo do pai.
4.Pode ser
que em nosso sofrimento ainda não tenhamos sentido o consolo completo, mas isto
não significa que ainda estamos no chão. Estamos nos braços do Pai Celestial e
ele não nos largará até ver-nos completamente sarados.
5.Na vida e,
principalmente na vida cristã não vivemos independentes uns dos outros. Por
isso, se sofremos não sofremos para nós mesmos, mas para receber consolo e
consolar outros.
6.Quando não
compartilhamos dos nossos sofrimentos não nos integramos e não podemos
ajudar-nos mutuamente.
7.Os
sofrimentos de Cristo, bem como o consolo Dele são comunicáveis aos crentes –
v.5
8.Cristo
sofreu e foi perseguido. Nós não somos maiores do que ele, somos seus servos e,
por isso, também sofreremos e seremos perseguidos. Isto faz parte da comunhão
dos sofrimentos de Cristo.
9.Mas Cristo
também foi consolado e nós somos consolados pelo Pai por meio de Cristo.
III.O valor
das angústias – v.6-7
1.Através
das angústias de Paulo, os coríntios receberam conforto e salvação. O consolo
que Paulo recebeu produziu perseverança nos coríntios – v.6
2.Na segunda
Viagem Missionária, Paulo passou por algumas situações angustiantes.
- Em Filipos
um espírito mal o seguia e o perturbava enquanto ele pregava
- Em Filipos
ainda foi preso e açoitado, juntamente com Silas
- Depois em
Tessalônica teve que se refugiar na casa Jasom
- Em Beréia
teve que fugir por causa das multidões
- Em Atenas
foi zombado porque falava da ressurreição
3.Quando
chegou em Corinto estava em temor e tremor, mas assim, nesse estado levou até
eles a salvação e o consolo.
4.Quase
sempre as grandes coisas que fazemos na obra de Deus são debaixo de alguma
situação angustiante. As pessoas que mais conseguem confortar os sofredores são
as que estão passando por algum sofrimento.
5.A
esperança nos coríntios é fortalecida pelos sofrimentos e consolações de Paulo
– v.7
6.Quando
sofremos juntos somos consolados juntos. Quando não sofremos com os outros não
recebemos consolo.
7.O crente
piedoso está sempre em sofrimento porque enquanto algum irmão estiver sofrendo
em algum lugar, tal sofrimento também faz parte das aflições do crente fiel.
8.Se algum
crente diz que faz tempo que não sofre é porque não está olhando para os
outros.
IV.As
durezas também são uma certeza – v.8-11
1.Grande
pressão e desespero da própria vida – v.8
2.Na Ásia
Paulo foi perseguido, zombado, apedrejado, preso, caluniado, abandonado e toda
a angústia que se possa imaginar.
3.A
estrutura de Paulo não suportou tanto sofrimento e ele até pensou que fosse o
seu fim. Ele faz questão que os coríntios saibam disso.
4.A nossa
natureza é tão mesquinha e egoísta que basta começarmos uma conversa sobre o
sofrimento de alguém e logo queremos mudar de assunto com medo de não sermos
atingidos por “pensamentos negativos”.
5.O crente
que ignora o sofrimento alheio será ignorado quando precisar de consolo, exceto
se Deus usar de misericórdia.
2.Paulo
pensou que fosse morrer. Deus queria que ele confiasse somente no Senhor –
v.9-10
3.Enquanto
um crente sofre, outros oram e Deus é louvado – v.11
4.Ao orar
por alguém que está sofrendo ou que pode estar sofrendo, o crente consegue
atingir dois objetivos:
1)O alívio
para o sofredor
2)Contribuição
para que o nome do Senhor seja glorificado entre outros irmãos por causa do
testemunho que o crente sofredor, mas consolado dará aos outros.
Conclusão
1.Não
vivemos para nós mesmos. Estamos ligados de muitas formas. Não há sofrimento
que atinja alguém que o próximo não seja de alguma forma atingido também.
2.O Deus das
consolações nos deu certezas quanto ao sofrimento. A maior delas é que temos o
consolo Dele e juntamente com esta certeza é que estamos sendo preparados para
a Sua glória e que devemos consolar os sofredores como nós. Se este sofredor
for crente, consolamos para a sua edificação; se o sofredor não é um filho de
Deus, o nosso consolo é mostrar-lhe Jesus Cristo, o Salvador para que se torne
o Deus das consolações para ele também.
Pércio Coutinho Pereira, fevereiro de 2001
Nenhum comentário:
Postar um comentário