O Brasil
será o maior celeiro de missões do mundo?
Pr.Jairo de Oliveira.
No final do século passado, eram
constantes as ocasiões em que ouvíamos que o Brasil, dentro de alguns anos, se
tornaria o maior celeiro de missões do mundo. Alguns foram mais além e disseram
que os brasileiros, juntamente com os demais latinos, é que terminariam a
tarefa de evangelização de todos os povos da terra.
Diante dessas informações que foram
vinculadas e do comportamento atual das nossas igrejas com a obra missionária,
surgem alguns questionamentos que nos levam a pensar: Mas será que algum dia
seremos o maior celeiro de missões do mundo?
Bem, observando e refletindo acerca do
nosso movimento missionário brasileiro, percebo que temos provado muitos
avanços. É perceptível o crescimento de agências missionárias internacionais se
estabelecendo no Brasil e trabalhando em parceria com a igreja no envio de
missionários; é surpreendente o número de vocacionados que estão se levantando
e se dedicando à causa missionária, inclusive nos campos mais resistentes ao
evangelho; os seminários passaram a oferecer cursos específicos de missões para
favorecer o ministério transcultural e estão reformulando os seus currículos,
visando formar líderes com visão e disposição missionária; o problema do
retorno prematuro tem sido considerado com todas as suas implicações e tratado
de forma séria e, etc.
No entanto, com todos esses
investimentos e transformações, ainda continuamos longe de nos tornarmos uma
grande referência mundial no envio de missionários, principalmente, diante da
capacidade que temos e dos recursos humanos, financeiros e espirituais que Deus
tem nos dado.
Segundo divulgou a Missão Horizontes,
há no Brasil 175.000 igrejas evangélicas e o desafio dos povos não alcançados
representa 8.000 etnias que ainda não ouviram o evangelho. Imagine você o que
aconteceria se cada igreja local adotasse apenas um povo não alcançado,
suprindo para esse povo um casal de missionários? Todavia, no Brasil não se
levanta mais que um obreiro transcultural em cada 10 mil crentes, afirma o Dr.
Russell Shedd.
O nosso problema não é a carência de
igrejas, seminários, vocacionados e dinheiro. Não faltam estruturas e recursos
no Brasil, o que tem faltado é um verdadeiro comprometimento por parte da igreja
local com missões.
Sendo assim, será que algum dia nos
tornaremos o maior celeiro de missões do mundo? É possível. Porém, precisamos
mudar muito o nosso comportamento e colocar em funcionamento todo o nosso
potencial. Para isso, creio que o ponto de partida é que cada comunidade local
se volte em verdadeira consagração de vida a Deus, baseando-se numa compreensão
da Teologia bíblica na sua totalidade.
Pois somente veremos o Brasil como um
grande celeiro de missões quando nos tornarmos uma igreja responsável e madura,
que avalia as suas prioridades e, além de preparar devidamente os seus
missionários e enviá-los para o trabalho transcultural, entende, também, à luz
das Escrituras, que é preciso sustentá-los e assisti-los em todas as suas
necessidades.
Portanto, é hora de recuperar o tempo
perdido e reverter a situação dos que caminham em grande escuridão. Avante,
Igreja brasileira, temos uma participação muito importante nessa tarefa!
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